quarta-feira, 13 de junho de 2012

Resenha: A Hospedeira


A Hospedeira



Editora: Intrínseca
Autor: Stephenie Meyer
Ano: 2008

Sabe aquela nossa utopia do mundo perfeito, sem armas, guerras, fome e destruição? Ela enfim tornou-se realidade. Todos vivem na mais perfeita paz, não há guerra, armas ou mesmo desentendimentos. A medicina alcançou o nível mais alto possível, todas as doenças possuem uma cura. Não há fome. Todos trabalham pelo bem da comunidade, e não apenas por si. Como um socialismo em que todos são felizes e fazem isso porque querem. Mas há um pequeno problema: não somos nós, humanos, que estamos vivendo isso. Nosso planeta foi colonizado por seres alienígenas parasitas, as almas. Eles precisam de um corpo hospedeiro para viver. E nós fomos os escolhidos da vez.
            Melanie Stryder é uma jovem humana que tem fugido das almas há anos. Mas em uma tentativa de encontrar outros humanos, acaba sendo capturada pelas almas depois de uma tentativa de suicídio frustrada. Peregrina é a ilustre alma que é inserida no corpo de Melanie. Apesar de ter sido avisada anteriormente sobre as dificuldades de um hospedeiro humano, as emoções, Peregrina acaba tendo de enfrentar um problema a mais: ela não é a única naquele corpo. Melanie ainda está ali.

            Quando li este livro pela primeira vez, confesso que demorei a pegar o ritmo. O começo é bem parado, até mesmo sem graça. Mas melhora, e muito. Conforme a história se desenrola, surgem personagens muito interessantes, bem escritos. Cada um com seus medos e traumas. Mas o ponto alto desse livro é a forma como a mente humana é retratada, assim como os sentimentos e as relações. Mostra as diferentes formas de amor, pela família, pelos amigos, pelo próprio corpo. Não somente o amor apaixonado, como também o amor fraternal e amor gerado por uma longa convivência.
            A pureza de Peregrina chega a ser irritante a certos pontos, mas eu creio que esta era a intenção da autora, mostrar o quanto nós, humanos, somos brutos e cruéis, mesmo com um ser como Peregrina, incapaz de fazer algo de mal a alguém. Capaz de salvar até mesmo aquele que tentou matar-lhe. Capaz de amar quem já tentou lhe tirar a vida.
            Não tenha preconceitos bobos, não pense que só porque é da autora de Crepúsculo o livro é ruim. Corra até a biblioteca ou livraria mais próxima, você não irá se arrepender.



Beijos e até a próxima~