quinta-feira, 26 de abril de 2012
Resenha: A Maldição do Tigre
sábado, 7 de abril de 2012
Resenha: Avalon High
Avalon High
Autor: Meg Cabot
Ano: 2007
Avalon High pode não ser exatamente o lugar onde Ellie gostaria de estudar, mas até que não é tão ruim assim. Uma escola americana normal, freqüentada pelos mesmos tipos de sempre: Lance, o esportista; Jennifer, a animadora de torcida; e Will, o presidente da turma, jogador talentoso, bom moço... E muito charmoso! Mas nem todos em Avalon High são o que parecem ser... Nem mesmo Ellie, como ela logo vai descobrir.
Avalon High trata-se de uma adaptação da lenda do rei Arthur. Com um clima bastante jovial e atual a história vai se desenrolando, mostrando aos poucos a que veio. A história possui personagens cativantes e não falo necessariamente do bonitão da história. A própria protagonista é uma personagem, ao seu jeito, cativante, diferente da maior parte das protagonistas. Mas os personagens que realmente me divertiram foram os pais dela, os dois medievalistas obcecados e desajeitados.
A história começa calma e aos poucos vai desenvolvendo-se de forma que seja possível compará-la realmente à lenda do rei Arthur, sendo conduzida com maestria pela escrita divertida e irreverente da autora Meg Cabot. No final, quando todas as reviravoltas possíveis acontecem é que você percebe a genialidade da história, depois de já ter sido enganado como um patinho pela maestria da autora.
Outra coisa que achei interessante foi o fato de o livro conter o poema A Senhora de Shalott, dividido em pequenos trechos ao início de cada capítulo. É um poema muito bonito, e longo, que conta a história de Elaine de Astolat, a senhora de Shalott. Vem dela o nome da protagonista, que se chama Elaine também, já que sua mãe medievalista estuda há anos a história de senhora de Shalott.
No mais, é um ótimo livro. Recomendado para uma leitura despretensiosa de final de tarde, ou para doidos que nem eu que passam a madrugada inteira devorando livros. Você que sabe.
Beijos e até a próxima.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Primeira resenha: A Hora da verdade
Então pessoinhas, cá estou eu para a primeira postagem do blog. Pretendo utilizar este blog para resenhar livros, então, para exemplificar bem, hoje teremos uma resenha de um livro que li faz bastante tempo, quando eu estava ainda desenvolvendo meu gosto pela leitura. Mas antes vou explicar o título do blog, que deve ter confundido muitas pessoas.
Estava eu pensando aqui: nesse planeta tão grande, com bilhões de habitantes, o que eu sou se não uma mera pulguinha? Mas como título “Uma pulguinha no mundo” não teria a mínima graça, a viciada em mitologia nórdica aqui resolver colocar “Uma Pulguinha em Midgard”, já que na mitologia nórdica Midgard é o mundo dos humanos. Eu sei que não tem a mínima relação com o que eu vou escrever no blog, mas como foi algo que surgiu de um devaneio e eu gostei, ficou.
E então, antes da tão falada resenha, quero agradecer o apoio de meus amigos Piih, Kyo, John e Akumashi.
A Hora da Verdade
Editora: Ática
Autor: Pedro Bandeira
Iara e Adele são grandes amigas inseparáveis, principalmente no time de vôlei da escola. Adele namora Desmond, o garoto mais bonito da escola, filho de pais ingleses. Mas o problema é que Iara também ama Desmond e fará de tudo para tirá-lo da amiga, sem importar-se com as conseqüências de seus atos, envolvendo até mesmo seus colegas da escola.
Olhando assim, parece um livrinho infanto-juvenil brasileiro bem clichê e tosco, certo? Pode até ser, não discordo completamente dessa colocação. Mas eu realmente amo livros com muito amor, ódio e traição. E o mais interessante: foi a primeira vez que torci, ao menos um pouco, para a vilã se dar bem no final. Além de ser o único livro que li em que a vilã é a protagonista.
Outro diferencial é que o livro é inteiramente baseado em dois clássicos, um da literatura mundial e outro da brasileira: Othelo e Dom Casmurro. A história é uma adaptação desses dois livros, deixando-o com um ar mais jovem. Muitos trechos da história são trechos de Dom Casmurro ou Othelo, reescritos no contexto do livro e com um linguajar mais atual e informal. Uma leitura interessante para quem já leu Dom Casmurro ou Othelo, ou mesmo para quem quer conhecê-los de uma forma mais contemporânea, ou apenas ler. Afinal, boas histórias são feitas para isso.
E para deixar um gostinho de quero mais, um dos trechos reescritos de que mais gosto.
“Iara nem tinha pensado a sério em disputar a aposta mas sua vida inteira mudou ao ver Desmond entrar na casa da Roberta. Andar de atleta, sorriso fácil, iluminado, olhar de... olhar assim como o de uma onda, que chega ruidosa à praia e parte, sugando tudo, carregando tudo o que conquista na areia.. Para não ser arrastada, Iara tentou desviar-se, fixar-se no resto, nos braços fortes, nos cabelos louros, longos, espalhando-se pelos ombros... mas logo voltava aos olhos e a onda que saía deles crescia, espumando, ameaçando envolvê-la, puxá-la, tragá-la para o alto-mar...”
Por hoje é tudo, pessoal. Beijos e até a próxima.