quinta-feira, 5 de abril de 2012

Primeira resenha: A Hora da verdade

Então pessoinhas, cá estou eu para a primeira postagem do blog. Pretendo utilizar este blog para resenhar livros, então, para exemplificar bem, hoje teremos uma resenha de um livro que li faz bastante tempo, quando eu estava ainda desenvolvendo meu gosto pela leitura. Mas antes vou explicar o título do blog, que deve ter confundido muitas pessoas.

Estava eu pensando aqui: nesse planeta tão grande, com bilhões de habitantes, o que eu sou se não uma mera pulguinha? Mas como título “Uma pulguinha no mundo” não teria a mínima graça, a viciada em mitologia nórdica aqui resolver colocar “Uma Pulguinha em Midgard”, já que na mitologia nórdica Midgard é o mundo dos humanos. Eu sei que não tem a mínima relação com o que eu vou escrever no blog, mas como foi algo que surgiu de um devaneio e eu gostei, ficou.

E então, antes da tão falada resenha, quero agradecer o apoio de meus amigos Piih, Kyo, John e Akumashi.


A Hora da Verdade


Editora: Ática

Autor: Pedro Bandeira

Ano: 2000

Iara e Adele são grandes amigas inseparáveis, principalmente no time de vôlei da escola. Adele namora Desmond, o garoto mais bonito da escola, filho de pais ingleses. Mas o problema é que Iara também ama Desmond e fará de tudo para tirá-lo da amiga, sem importar-se com as conseqüências de seus atos, envolvendo até mesmo seus colegas da escola.

Olhando assim, parece um livrinho infanto-juvenil brasileiro bem clichê e tosco, certo? Pode até ser, não discordo completamente dessa colocação. Mas eu realmente amo livros com muito amor, ódio e traição. E o mais interessante: foi a primeira vez que torci, ao menos um pouco, para a vilã se dar bem no final. Além de ser o único livro que li em que a vilã é a protagonista.

Outro diferencial é que o livro é inteiramente baseado em dois clássicos, um da literatura mundial e outro da brasileira: Othelo e Dom Casmurro. A história é uma adaptação desses dois livros, deixando-o com um ar mais jovem. Muitos trechos da história são trechos de Dom Casmurro ou Othelo, reescritos no contexto do livro e com um linguajar mais atual e informal. Uma leitura interessante para quem já leu Dom Casmurro ou Othelo, ou mesmo para quem quer conhecê-los de uma forma mais contemporânea, ou apenas ler. Afinal, boas histórias são feitas para isso.

E para deixar um gostinho de quero mais, um dos trechos reescritos de que mais gosto.


“Iara nem tinha pensado a sério em disputar a aposta mas sua vida inteira mudou ao ver Desmond entrar na casa da Roberta. Andar de atleta, sorriso fácil, iluminado, olhar de... olhar assim como o de uma onda, que chega ruidosa à praia e parte, sugando tudo, carregando tudo o que conquista na areia.. Para não ser arrastada, Iara tentou desviar-se, fixar-se no resto, nos braços fortes, nos cabelos louros, longos, espalhando-se pelos ombros... mas logo voltava aos olhos e a onda que saía deles crescia, espumando, ameaçando envolvê-la, puxá-la, tragá-la para o alto-mar...”


Por hoje é tudo, pessoal. Beijos e até a próxima.

2 comentários:

  1. O nome do blog é tudo a ver com você... Original e Único!
    Bem, a resenha está ótima, e ao ler tirei a conclusão que você tem a habilidade de prender a atenção do leito. Nunca li o livro “A Hora da Verdade”, porém sua resenha me leva a ter vontade de viajar por essa historia e ao mesmo tempo de voltar ao blog. E adorei sua sinceridade ao dizer “infanto-juvenil brasileiro bem clichê e tosco,”... Essa sinceridade da um charme a mais a sua resenha.

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  2. Deixe-me adivinhar: biblioteca do Rondônia, certo? ISUAHIHSA
    Gostei da resenha, Déeh, e realmente, ela me deixou com vontade de ler o livro. xD
    Aguardo o próximo post. :3

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